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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Para Roma com Amor

 E a pergunta que não quer calar desde ontem: Por que Woody Allen é o melhor?
Vi "PARA ROMA COM AMOR" ontem e fui analisar a opinião da crítica, que sempre pega pesado com o diretor que mantém a média de 1 filme por ano. Como em todas as suas obras, sobretudo de comédia, Allen consegue fugir do enfadonho método norte-americano, criando diálogos eficientes e engraçados, concatenando cultura pop e acadêmica sem ser pedante ou chato. Quem mais consegue?

Ressalta-se ainda o caráter crítico que suas obras mostram, ora para criação artística, ora pra sociedade, ainda que veladas. O filme é inebriado de charme e não poderia ser diferente, afinal, assim como em suas últimas obras ela Europa, Allen utiliza e aproveita os requintes arquitetônicos de Roma para se unir ao seu roteiro lindo, tudo bem do seu jeito: sofisticado, prazeroso, genial e, desta vez, bem italiano.

Em uma entrevista recente, Woody Allen declarou: “Não tenho tido prazer com o cinema americano, a maioria da produção é lixo puro. Comédias estruturadas para agradar a meninada. São bobocas, com ideias velhas, sem inteligência, repletas de piadas de banheiro, filmes infantilizados para uma plateia infantilizada, estúpida, ávida por se sentir como se tivesse novamente 16 anos. Hollywood é hoje, com poucas exceções, um reflexo acrítico da sociedade americana”. 

Para Roma com amor prova a capacidade de Woody Allen em criar histórias repetitivamente inovadoras (que paradoxo!), plasticamente admiráveis e sonoramente inspiradoras. Para minha felicidade, sei que no próximo ano haverá outro filme do mestre, e independente do que tenha aparecido aqui ou alí  pela crítica, que quase sempre é despeitada ou vaidosamente puxa-saco, lá estarei eu, nas telas dos cinemas, mergulhando nesse imenso mar de neurose que é o cinema de Woody Allen.

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