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Espaço de reflexões e compartilhamento de ideias!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Jornal Aqui Maranhão: Control C, Control V.



Estou escrevendo um artigo científico em Análise do Discurso sobre o Jornal "Aqui Maranhão". Bem antes de começar a trabalhar nesse tema eu já tinha conhecimento das formas de como esse jornal transmite o conhecimento, atrasada e plagiadora, notícias que por exemplo ocorreram dias antes, aparecem somente hoje neste veículo de informação. A imagem acima retrata bem o despreparo e a pouca vergonha que esses editores trabalham, deve ser assim que estas pessoas do jornal Aqui-MA trabalham(mesmo grupo do Jornal "O Imparcial"), afinal colocar um enorme CLIQUE AQUI é brincadeira, bom pelo menos mostra que o jornal é antenado na internet. 


P.S: O jornal custa R$ 0,25 eu sei, não é por isso o motivo que eles irão tratar o leitor maranhense dessa forma, desrespeitadora, e a gente não quer saber se uma panicat botou silicone ou não. Se alguém se interessar no artigo podem entrar em contato. Abraços!

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos namorados

Hoje foi um daqueles dias que você repensa sua vida, dia em que vários motivos te levam a afogar-se nos mecanismos de defesa, mas a pior verdade é quando você descobre que durante toda a vida você fez isso... ESCOLHER, e talvez não foram as escolhas certas.

O jeito é refugiar-se, só para se livrar das possíveis e desagradáveis verdades, essas que nos levam mas um tempo para que nos recuperemos.
Tarde de mais para mendigar um ouvido...? Para falar... Só para falar.... Você ouviria se eu te chamasse? Você me doaria um pouco de vida mesmo que eu não te falasse q só preciso disso? Preciso aprender o caminho, eu não sei, estou perdido.

Pelo menos não estou só, tenho o Natiruts e vou ficar com Martha Medeiros:

Se era amor? Não, não era. Era outra coisa. Restou uma dor profunda, mas poética. Estou cega, ou quase isso: tenho uma visão embaçada do que aconteceu. É algo que estimula minha autocomiseração. Uma inexistência que machuca, mas ninguém morreu. É um velório sem defunto. Eu era daquele homem, ele era meu, e não era amor, então era o quê?
Dizem que as pessoas se apaixonam pela sensação de estar amando, e não pelo amado. É uma possibilidade. Eu estava feliz , eu estava no compasso dos dias e dos fatos. Eu estava plena e estava convicta. Estava tranqüila e estava sem planos. Estava bem sincronizada. E de um dia para outro estava sozinha, estava antiga, escrava, pequena. Parece o final de um amor, mas não era amor. Era algo recém-nascido em mim, ainda não batizado. E quando acabou, foi como se todas as janelas tivessem se fechado às três da tarde de um dia de sol. Foi como se a praia ficasse vazia. Foi como um programa de televisão que sai do ar e ninguém desliga o aparelho, fica ali o barulho a madrugada inteira, o chiado, a falta de imagem, uma luz incômoda no escuro. Foi como estar isolada num país asiático, onde ninguém fala sua língua, onde ninguém o enxerga. Nunca me senti tão desamparada no meu desconhecimento.
Quem pode explicar o que me acontece dentro? Eu tenho que responder às minhas próprias perguntas. E tenho que ser serena para aplacar minha própria demência. E tenho que ser discreta para me receber em confiança. E tenho que ser lógica para entender minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto.
Se não era amor, Lopes, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra de corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200km/hora e estou voltando a pé para casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez seja este o ponto. Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça Lopes, de acreditar em contos de fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar um botão e as luzes apagariam e eu retomaria minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara Lopes. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, era sacanagem. Não era amor, eram dois travesseiro. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.

Martha Medeiros, Divã

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sobre o Seminário de Análise de Discurso Crítica

Como muita gente sabe, nos dias 27 e 28 estive participando do Seminário de Análise de Discurso Crítica em Fortaleza. Já participei de vários eventos bons e importantes, mas, confesso, nunca participei de um com tanta gente competente e importante de vários estados.

Acho que eu era a pessoa com menor formação dentre todos alí, e com menor conhecimento também, porém isso não importou nem um pouco, pois, estava em um espaço de debates e pude contar e ser privilegiado com grandes palestras, mesas redondas, conferências e comunicações. Uma delas foi da pessoa responsável por eu participar do evento, a minha professora de Linguística, Luciane Lira, o amor que ela tem pela área, o espírito de pesquisadora e a divulgação que fez em sala me fizeram querer participar, e eu só tenho a agradecer.

O evento foi gratuito com status de ponta, ótima monitoria, assistência, material e claro; palestrantes de primeira categoria. De 50 apresentações de trabalhos, participei de 29 delas, das quais se tiveram três que eu não me agradaram foram muito. Os temas abordados foram interessantíssimos, principalmente os que trataram de identidade, letramento, educação especial, mídia, violência, racismo e discurso. Conheci a pioneira em ADC no Brasil, a professora Izabel Magalhães, fui apresentado ao José Ribamar e seus amigos, pessoas com uma baita competência no que fazem e produzem para a ADC brasileira, até se dispôs a me ajudar em minha pesquisa de monografia. Ouvi falar muito em Norman Fairclough, até então conheço pouco, e pelo visto terei que estudar bastante suas teorias para entender mais a ADC e quem sabe futuramente eu mesmo possa apresentar um artigo ou pesquisa na área. Ainda sou um grão-de-areia neste universo, o certo é que eume apaixonei pela área e vou me dedicar pra aprender, pra poder crescer em minha formação.

A UFC é um show, o departamento de Letras e toda sua coordenação, a estrutura é boa também, algumas pessoas que conheci me perguntaram acerca do curso de Letras da faculdade que estudo, foi meio revoltante falar, rs, mas a realidade é essa e é nela que estou inserido, cabe a mim tentar fazer alguma coisa pra não ficar estagnado somente no universo da faculdade. Voltei pra minha realidade e agora é trabalhar no projeto em que sou voluntário e desde já começar a trabalhar na minha monografia, a vida está me dando oportunidade de crescer e eu vou aproveitar cada chance. Ah, se Deus quiser, estarei em outubro em Minas ou Pernambuco para mais um evento nessas áreas, que assim seja!