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sábado, 6 de julho de 2013

Renovando a alma

 Seis meses depois de uma parada forçada, finalmente uma postagem em nosso espaço das Letras Apagadas. E nada melhor do que voltar com poesia e música, nada mais justo do que uma combinação perfeita.
Ouvir "Alma nova", do saudoso e excelente Zeca Baleiro nos faz pensar diretamente no universal poema "Arte de amar", do Manuel Bandeira. “A arte de amar” é um poema reflexivo onde as rimas praticamente inexistem. Ele se aproxima bastante de um texto em prosa, porém não perde seu caráter poético através dos versos. Diferentemente da canção do Baleiro, onde há a presença de rimas e ele faz a letra quase como um diálogo, escrevendo em seu melhor estilo. 
Abaixo, poesia e música. Abraços!


ARTE DE AMAR - Manuel Bandeira

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.



Alma Nova - Zeca Baleiro