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sábado, 12 de março de 2011

(Re)Começo


                                                                                                                  “A gente não pode mudar o início, mas se quiser, a gente pode mudar o final”
Uma história um tanto quanto engraçada pra vocês. Como de costume, desde o ano de 2003 no período do carnaval eu me retiro para acampar (com exceção do ano de 2008) com os meus amigos. Há dois anos atrás, no retiro que foi tido como um dos melhores para mim e os meus amigos, eu via uma senhora que até então era desconhecida por mim como membro da igreja, na verdade eram ela, um menino (seu filho) e uma menina que para mim era a sua filha (acabei me enganando). Até então tudo bem, passou-se este retiro, o do ano seguinte, para chegar o deste ano.
Minha mãe disse uma vez que odiava a família do meu pai, pois todos eram safados, que não ajudavam ninguém e a deixaram na mão no momento em que ela mais precisou. Eu nunca cheguei a conhecer sequer um parente meu até então, eu tenho 21 aninhos, rs. Citava duas tias que entravam nessa lista, a Ana Lurdes (que já morreu) e a Ana Célia. Numa conversa com uma amiga uma vez, ela disse a mim que iria visitar uma amiga chamada “Ana Célia”, que morava em frente ao Erasmo Dias. Meu pai que na maior cara de pau veio na minha casa depois de 20 anos, disse que a bendita Ana Célia morava no mesmo bairro queda gente, eu não quis nem saber, seguindo as idéias de minha mãe, “que vão todos pro inferno”.
Então neste dia, perguntei a minha amiga, qual era o nome completo dessa sua amiga, ela me disse: - Ana Célia PEIXOTO. Deduzi que esta criatura seria parente minha, e numa conversa diretamente, sem que ela soubesse, constatei que a criatura era irmã do meu pai, que freqüenta a mesma igreja que eu, somos da mesma família e não sabíamos. Morri de timidez de contar a ela, mas falei pra minha amiga que imediatamente depois que saí de perto falou a ela. No culto seguinte da igreja, ela veio a mim chorando, me abraçando. Eu sou mais forte pra essas coisas, fiquei foi envergonhado, muita pessoas nos olhavam emocionados. Uma coisa que ela disse mexeu comigo: “Se eu já te amava bastante como irmão, hoje eu te amo muito mais como sobrinho”.
No retiro deste ano foi muito legal, ela é muito carinhosa comigo, me chama de bebê, kkk, tem um filho (o Lucas) que é super gente boa, eu tenho um primo, rs. O único empecilho entre nós (que não interfere em nada) é a minha mãe que a odeia. Quando eu tinha 5 anos elas duas brigaram feio, mamãe bateu nela com um peso de meio quilo. Tenho vagas lembranças dessa época que realmente foi muito difícil pra minha família. Minha tia contou a versão dela, eu entendi, hoje ela é uma pessoa transformada e completamente mudada. Falou-me que pediria perdão por qualquer coisa para minha mãe numa boa. Mas, conversando com minha mãe, não existe dessa de perdão, de recomeço. Minha coroa é cabeça dura.
Acho que mudanças são necessárias na nossa vida quando estas são para o bem de si próprio, ou para outras pessoas. Eu mesmo mudei bastante, dessa vez não esperando mudanças dos outros, mas para mim mesmo, percebi que uma hora ou outra as coisas mudam, basta esperar. Não adianta ser o mesmo e ser infeliz. Minha tia mudou e hoje ela é feliz, eu mudei, e minha felicidade está cada vez mais perto. Eu sei disso!

1 comentários:

Déborah Diniz disse...

" ... mamãe bateu nela com um peso de meio quilo. " Meu Deus! Rs
É difícil mudar, mais ainda com algo ou alguém que não nos 'agrada'. É compreensível o comportamento da tua mãe. Tem muita coisa envolvida. Ela até poderia dizer que perdoa, mas nada será como antes.

Sou a favor de mudanças. Quando são boas e o objetivo é evoluir são sempre bem-vindas.
Mas pra isso tem que ter coragem, mudar requer escolhas e renúncias e isso provoca receios.

Dar a cara a tapa? Sim! Aprendemos com nossos erros e tropeços. Perdoar é um ato sublime.

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