Entre, puxe uma cadeira e sinta-se em casa

Espaço de reflexões e compartilhamento de ideias!

domingo, 22 de julho de 2012

Fora daqui, fora de mim!


Não há erros que não te façam crescer nesta vida, sobretudo aqueles que até uma simples música te faz lembrar dele, como se tivesse te avisando que você errou e ainda que tu consertes, nada será como antes!
Nesse tempo todo de aprendizado pessoal, aprendi a observar as coisas com mais delicadeza e dar valor a situações e momentos que antes eram insignificantes, porque eu estava cego. Aprendi a observar e não julgar as atitudes alheias, afinal, todos nós somos falhos. 

Quando se trata de amor, das coisas do coração, poderia simplesmente falar diversas situações e acontecimentos bons, bonitos, feios e malucos que eu vi. Não, não foi comigo, foi com outras pessoas, com os meus amigos. A partir disso, poderia tentar entender (pra quê?) e comentar sobre o que é certo e o que é errado (existe certo e errado?) numa relação, mas como a música tem a forte característica de falar por nós, não ha palavras mais verdadeiras que estas pra gente se apropriar:

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Não me afligem os amores surreais ou as paixões avassaladoras, pois é simples defender-se daquilo que se tem consciência. O que me assusta de verdade são os sentimentos fingidos e as atitudes enganosas, pois deles só podem resultar duas coisas: uma eterna ilusão ou infinito desapontamento!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Para Roma com Amor

 E a pergunta que não quer calar desde ontem: Por que Woody Allen é o melhor?
Vi "PARA ROMA COM AMOR" ontem e fui analisar a opinião da crítica, que sempre pega pesado com o diretor que mantém a média de 1 filme por ano. Como em todas as suas obras, sobretudo de comédia, Allen consegue fugir do enfadonho método norte-americano, criando diálogos eficientes e engraçados, concatenando cultura pop e acadêmica sem ser pedante ou chato. Quem mais consegue?

Ressalta-se ainda o caráter crítico que suas obras mostram, ora para criação artística, ora pra sociedade, ainda que veladas. O filme é inebriado de charme e não poderia ser diferente, afinal, assim como em suas últimas obras ela Europa, Allen utiliza e aproveita os requintes arquitetônicos de Roma para se unir ao seu roteiro lindo, tudo bem do seu jeito: sofisticado, prazeroso, genial e, desta vez, bem italiano.

Em uma entrevista recente, Woody Allen declarou: “Não tenho tido prazer com o cinema americano, a maioria da produção é lixo puro. Comédias estruturadas para agradar a meninada. São bobocas, com ideias velhas, sem inteligência, repletas de piadas de banheiro, filmes infantilizados para uma plateia infantilizada, estúpida, ávida por se sentir como se tivesse novamente 16 anos. Hollywood é hoje, com poucas exceções, um reflexo acrítico da sociedade americana”. 

Para Roma com amor prova a capacidade de Woody Allen em criar histórias repetitivamente inovadoras (que paradoxo!), plasticamente admiráveis e sonoramente inspiradoras. Para minha felicidade, sei que no próximo ano haverá outro filme do mestre, e independente do que tenha aparecido aqui ou alí  pela crítica, que quase sempre é despeitada ou vaidosamente puxa-saco, lá estarei eu, nas telas dos cinemas, mergulhando nesse imenso mar de neurose que é o cinema de Woody Allen.