Feliz aniversário Ribinha! \o/

A postagem de hoje no blog é para mais uma homenagem. Esta, dedicada a um dos maiores presentes que ganhei nesta vida. E não é simplesmente por ele ser o homem responsável por minha orientação de TCC, mas por ser quem ele é. Eu não poderia deixar de forma alguma passar em branco este dia em meu blog, principalmente porque não tenho a oportunidade do prazer de dá-lo um abraço forte hoje, daqueles que não se quer soltar jamais. Toda a minha gratidão por representar um modelo, na verdade ser uma inspiração de pessoa pra mim nesta vida.

Dedico a ele, este moço de sorrisão lindo da foto ao lado, José Ribamar Batista Lopes Junior, para os íntimos "Ribinha", "Ribas", o qual tive o prazer grande de conhecer dia 28 de maio de 2010. Ainda lembro dos momentos que antecederam o momento, eu na condição de mero graduando do 3º período de letras, intruso em um evento que não sabia pacas do que se tratava (Seminário de Análise de Discurso Crítica - Fortaleza), somente sabia que eu precisava de um norte pra minha confusa vida, e alí poderia ser o início de tudo. Um evento onde estavam pessoas bem resolvidas, inteligentes, pesquisadores de verdade, mestres, doutores. Todos trabalhos que vi eu anotei, até hoje tenho meu bloquinho (risos). A minha professora de Linguística Aplicada, Luciane Lira, sabendo que eu queria trabalhar com Educação Especial na monografia, previamente tinha me avisado que se eu fosse a Fortaleza me apresentaria um especialista da área, e foi o que aconteceu. Fiquei assustado com a voz dele inicialmente, era muito grossa pra alguém da altura dele (risos), o cidadão me deu uns textos para eu conhecer um pouco mais da ADC e me passou o contato dele, depois me desprezou pela UFC e cidade de Fortaleza, me deixando naquela cidade sozinho, era o início de tudo. (postei sobre o seminário na época: http://erasedletters.blogspot.com.br/2010/06/sobre-o-seminario-de-analise-de.html )

Depois disso, foram inúmeros contatos, emails, conversas pelo quase extinto orkut. Tudo seguindo para onde estamos hoje, uma orientação à distância que deu/dá certo. A coisa é tão eficiente que até as reclamações e brigas dele são sentidas por mim como se ele estivesse falando pessoalmente, sintonia total. E como eu disse mais acima, hoje ele é mais do que meu orientador monográfico, é meu grande amigo. Recebeu-me muito bem em sua mansão durante o horrível EREL 2011, quase não falou comigo, tudo bem, até hoje penso que ele estava me analisando, porque não é possível....kkkk. 

Peço muito a Deus que o ajude e proteja e dê saúde e paz. Porque é isso tudo e muito mais de coisas boas que ele merece. Bons valores aprendi com você Ribinha, que sempre pensa positivo e sempre acredita e busca aquilo que está a seu alcance. Ajuda as pessoas a crescerem e não mede esforços pra isso. Eu vou sempre agradecer a Deus por intermédio da Luciane Lira ter posto você no meu conturbado caminho pra me orientar, não só em meu TCC, mas na minha vida. Cada vitória em minha vida tenha certeza que será sua também e sempre, sempre mesmo eu estarei lá para lhe dar os créditos. Mesmo não estando com você e não tendo a oportunidade de abraçá-lo forte, sinta-se abraçado neste momento, EU TE AMO e quero que tu nunca esqueças disso. É seu aniversário, mas quem ganhou o presente foi eu!

Obrigado por tudo!

Canção do Tamoio

Muito se fala da grandiosíssima "Canção do Exílio" do Gonçalves Dias, e claro, sem dúvida alguma é uma poesia fabulosa, grande marca do nacionalismo romântico. Mas, cantar a pátria não foi somente a grande qualidade do poeta, a bravura pessoal, inspiração de força e fé é cantada e declamada pela linda e inspiradora "Canção do Tamoio". Levando-se em consideração o momento hisórico em que foi escrita (no século 19) estávamos em plena época do romantismo e época das lutas pela pátria que se consolidava, da vida em uma sociedade conservadora, escravocrata, e dos sonhos de liberdade que a França inspirava. Ainda hoje emociona ouvir o brado do índio "meu filho, viver é lutar! A vida é combate, que aos fracos abate, aos fortes aos bravos, só pode exaltar.  Tamoio é uma palavra que teve origem na tribo dos Tupinambás e que significa: reunião dos fortes, dos donos da terra, daqueles que chegaram primeiro. Afinal, antes do homem branco chegar às Américas, quem é que habitava essas terras se não os pele vermelha, os índios, fortes, guerreiros, os verdadeiros donos da terra?

É uma poesia que inspira e dá forças, é arte!

 Canção do Tamoio
(Natalícia)

I

Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.

II

Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.

III

O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves concelhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!

IV

Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

V

E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

VI

Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D'imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d'ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

VII

E a mão nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

VIII

Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.

IX

E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.

X

As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.